08 abril 2012

Especial de páscoa: "Jesus chorou"


Sim, Jesus chorou diversas vezes. Cristo, em um de seus ensinamentos as famosas Bem-Aventuranças, declara: "Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados". (Mateus 5:4). A Bíblia nos mostra muitas passagens com Cristo em lágrimas, pelo povo, pela cidade, pelos homens, pela vida: (Hebreus 5:7; Mateus 23:37; Lucas 7:11-15), também pela morte (João 11:21; 33 e 35) que Ele veio para destruir e dar vida. "Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão"? (I Coríntios 15:56). Por isso Ele ressuscitou e nos prometeu: "Declarou-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá; 26 e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto"? (João 11:25-26).

Isaías profetizou a respeito de Jesus, ele sabia que seria um homem que passaria por muitas aflições e dores. "Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum". (Isaías 53:3). Mas, seria vencedor. "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo". (João 16:33).

Mas Jesus chorou também por Ele mesmo. E Seu choro foi diferente das outras vezes, foi tão intenso que seu suor se transformou em gotas de sangue devido ao grande sofrimento (Lucas 22:44) pelo qual, Onisciente que é, sabia que teria que passar. "Porquanto vos digo que importa que se cumpra em mim isto que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Pois o que me diz respeito tem seu cumprimento". (Lucas 22:27).

Vamos ler abaixo relato das dores de Jesus feita por um grande estudioso francês, o médico cirurgião Doutor Barbet dando a possibilidade de compreender realmente as dores de Jesus durante a sua paixão.

Sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo.Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei anatomia a fundo. Posso, portanto escrever sem presunção a respeito de uma morte como a de Jesus.

E, no Getsemani, "E posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão". (Lucas 22:44). Notem que o único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão de um clínico.

O suar sangue, ou hematidrose é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais. Para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus.

Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.

Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos ( Lucas 23:1) e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Mesmo não vendo culpa em Cristo (João 19:4; Lucas 23:4, Lucas 23:14, Lucas 23:15 e Lucas 23:20) Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. (Lucas 23:16; João 19:1).

A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.

Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo). (João 19:3; Mateus 27:29). Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. (Lucas 23:24-25; João 19:16).

Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga escapa-lhe, escorrega, e esfola-lhe o dorso. Sobre o Calvário tem início a crucificação.

Os carrascos despojam o condenado (João 19:23-24), mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, dilaceram-se as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer.

Jesus é deitado de costas, as suas chagas incrustam-se de pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os carrascos tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos. Os carrascos pegam um prego (longo, pontudo e quadrado), apóiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor alucinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.

O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, O encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que o Mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor.

Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, queima-lhe, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado estende-lhe sobre a ponta de uma vara uma esponja embebida com vinagre (bebida ácida), em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. “E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber". (Mateus 27:48; Marcos 15:36; Lucas 23:36; João 19:28-29).

Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços enrijecem-se em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos curvam-se. E como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen enrijecem-se em ondas imóveis. Em seguida, aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianótico.

Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais se esvaziar. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.

Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: "Jesus, porém, dizia: Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem...". (Lucas 23:34). Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. Inimaginável! Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. (Lucas 23:44; Mateus 27:45; Marcos 15:33). Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos arrancam-lhe um lamento: "E, à hora nona, bradou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá, sabactani? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste"? (Marcos 15:34; Mateus 27:46). Jesus grita: Tudo está consumado! "Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. (Lucas 23:46)".

Assim Ele morre em meu lugar... E no seu. Eu já reconheci isto e você o que espera?
RETIRADO:  http://www.blog-emunah.com/2012/04/especial-de-pascoa-jesus-chorou.html 

Daniel Borges

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