25 junho 2009

Primeiros Socorros


Entrevista com Carol Kuykendall ao site som de adoradores, portal cristão.
As mães devem tornar seu instinto de proteção mais maduro?

Outro dia, minha filha passou pela porta da frente com os olhos cheio de lágrimas.“Qual é o problema?”, perguntei logo, instintivamente querendo ajudá-la e confortá-la como se fosse aplicar primeiros socorros.Ela até tentou me contar, mas sua voz falhou. Ela respirou fundo, e as suas palavras começaram a sair. Uma amiga a tinha magoado e criticado insensivelmente. Ela se sentiu confusa. Pasmada. Então, eu a socorri. Fiquei surpreendida pelo instinto maternal crescendo dentro de mim, pela ira instantânea, pelo tipo de mãe protetora, que rosna, com cara de um bicho raivoso.Fiquei surpresa pela intensidade desses sentimentos. Surpresa porque minha filha tem 35 anos. O insulto veio por uma ligação telefônica. A discussão aconteceu entre duas mulheres adultas, apesar disso, reagi de forma muito protetora.Certamente, eu devia ter amadurecido esse instinto de proteção que carrego desde seus dias de pré-escola, quando outras pessoas passaram a ter o poder de magoá-la. Pessoas que disseram a ela, “Você não é mais minha amiga”, ou “Seu cabelo está esquisito”. Quando ela cresceu, as tristezas vinham por ela não ter sido escolhida para o time – ou, se ela fizesse parte do time, por ela não participar do time. Ou então, pelo sentimento de rejeição por causa de algum grupinho de amigas. Quando alguém fere os sentimentos dela, eu irracionalmente quero entristecer essa pessoa também. Através dos anos, tenho ficado fascinada por esse instinto de proteção. Eu estudei sobre isso em várias aulas de cuidado maternal. Minha estante é cheia de livros que tratam desse assunto, alguns marcados e sublinhados, o que prova que os li recentemente.Por que não amadureci essa forte reação de proteção?

Minhas melhores respostas: Pode ser que as mães não amadureçam esse tipo de sentimento, e pode ser que esse sentimento não seja errado. Pode ser que os “primeiros socorros” sejam parte do instinto maternal criado por Deus, e devemos apenas aprender a controlar nossas emoções. Ou não.Como mães, somos destinadas a ser um abrigo para os filhos para eles amenizarem suas dores. Quando meus filhos eram mais novos, eles descarregavam suas mágoas em mim e se sentiam melhores, mais leves. Lá estava eu, suportando a dor que meus filhos não podiam carregar. Pelo menos temporariamente. Por isso, tenho que aprender a carregar essas dores sem me exceder.Exceder, nesse caso, significa ficar muito irada em vez de ouvir direito. Significa guardar mágoa não como as crianças fazem. Exceder é guardar o rancor além do tempo que uma criança guardaria. Quando me excedo dessa maneira, meus filhos começam a relutar em compartilhar suas tristezas.O mais importante é que uma criança precisa se sentir importante e saber que sua mãe está do seu lado. Sua mãe está ali para ela, oferecendo amor e fidelidade primeiro, depois, dando conselhos que a capacitará a lidar com as dores do futuro.Nesse dia em que minha filha passou pela porta da frente com lágrimas nos olhos, eu fiquei feliz por ela não ter amadurecido sua necessidade de me ter como uma pessoa que aplica os primeiros socorros, isso porque também não amadureci meu instinto de proteção.


Carol Kuykendall é consultora editorial da revista MomSense, autora de Five Simple Ways to Grow a Great Family e co-autora de What Every Mom Needs.


Copyright © 2009 por Christianity Today International(Traduzido por Yuri Nikolai)

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